
A PolĂcia JudiciĂĄria de Aveiro deteve um jovem de 24 anos que aliciava menores com idades entre os 11 e os 15 anos a desnudarem-se, atravĂ©s da rede social Facebook. Centenas de imagens e vĂdeos foram apreendidos. Este ano, a PJ jĂĄ prendeu uma centena de abusadores.
O indivĂduo, sem ocupação profissional definida, usava um perfil falso na rede social Facebook, onde colocava a foto de um jovem atraente, para ganhar a confiança das vĂtimas. Depois de pedir amizade virtual, passava a conversar com as menores atravĂ©s do sistema de mensagens instantĂąneas e conseguia levar as vĂtimas a desnudarem-se.
"No Ăąmbito da busca domiciliĂĄria realizada na casa do suspeito, foram encontrados milhares de conversaçÔes estabelecidas com menores do gĂ©nero feminino, atravĂ©s do Messenger, plataforma de comunicaçÔes eletrĂłnicas da rede social Facebook, contendo centenas de ficheiros multimĂ©dia - vĂdeo, imagem e ĂĄudio - em que as crianças aparecem desnudadas, com plena exibição e manipulação de zonas corporais intimas", explica a PJ.
Os inspetores vĂŁo agora analisar todo o material informĂĄtico apreendido na tentativa de identificar o maior nĂșmero possĂvel das inĂșmeras vĂtimas existentes.
O indivĂduo, indiciados por crimes de abuso sexual de crianças, de violação e de pornografia de menores, estĂĄ a aguardar o desenvolvimento do processo em prisĂŁo preventiva.
Desde o inĂcio do ano, a nĂvel nacional, a PJ deteve uma centena de indivĂduos por crimes sexuais contra menores. "Embora a maioria destas situaçÔes ocorram em contexto de proximidade, entre a vĂtima e agressor, aproximadamente um quinto dos casos investigados, que justificaram detençÔes, envolveram a apreensĂŁo de pornografia infantil", precisa a PJ.
Frequentemente, os conteĂșdos pornogrĂĄficos apreendidos incluĂam imagens intimas, facultadas pelas vĂtimas, induzidas em erro ou coagidas, pelos abusadores sexuais.
"Ainda que sem balanços definitivos relativamente ao ano em curso, existe a perceção, comungada por estruturas internacionais como a Interpol e a Europol, que a realidade pandĂ©mica fez aumentar a ocorrĂȘncia de crimes, em ambiente digital", adianta ainda a PJ para quem Ă© fundamental "promover comportamentos, que diminuam as situaçÔes de exposição das vĂtimas, em ambiente digital e nas redes sociais".