
O atual chefe de Estado angolano garantiu que jĂĄ foi possĂvel recuperar cerca de 4 mil milhĂ”es.
O Presidente de Angola, João Lourenço, diz que o antigo regime lesou o Estado angolano em mais de 20 mil milhÔes de euros.
Em entrevista ao jornal norte-americano Wall Street Journal, o lĂder angolano acusa o regime de Eduardo dos Santos de ter desviado fundos atravĂ©s da Sonangol, de duas empresas pĂșblicas de exploração de diamantes e outras empresas estatais.
JoĂŁo Lourenço especĂfica que, dos cerca de 24 mil milhĂ”es de dĂłlares, 13,5 mil milhĂ”es foram retirados ilicitamente, atravĂ©s de contratos fraudulentos com a Sonangol, 5 mil milhĂ”es, atravĂ©s da Sodiam e Endiama, empresa de diamantes, e os restantes 5 mil milhĂ”es foram retirados atravĂ©s de outros setores e empresas pĂșblicas.
O atual chefe de Estado angolano garantiu que jĂĄ foi possĂvel recuperar cerca de 4 mil milhĂ”es, em bens e dinheiro. Adiantou ainda que vĂŁo ser confiscados ou congelados ativos e dinheiro em locais como SuĂça, Holanda, Portugal, MĂłnaco e Reino Unido.
Na entrevista, o Presidente confirmou ainda as ajudas do Tesouro dos Estados Unidos da América na melhoria das medidas de governação e também nas de combate ao branqueamento de capitais.
Quando questionado pelo jornalista Benoit Faucon sobre se o Tesouro dos Estados Unidos ajudou Angola a melhorar essas medidas, João Lourenço respondeu:
"Sim. O Tesouro dos EUA realizou uma avaliação concreta dos nossos sistemas, leis, regras e regulamentos em relação ao combate ao branqueamento de capitais, bem como da sua extensão de implementação".