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domingo, 24 de janeiro de 2021

ORDEM DIZ QUE MORRERAM MAIS TRÊS MÉDICOS NOS ÚLTIMOS DIAS VÍTIMAS DE COVID-19

 


A Ordem dos Médicos (OM) informou hoje que morreram mais três médicos vítimas de covid-19, nos últimos dias, e voltou a apelar ao Governo para que melhore as condições de trabalho para reduzir o risco de infeção.

Depois de expressar uma homenagem pública aos colegas, o bastonário da OM, Miguel Guimarães, também critica que o plano de vacinação contra a covid-19 em Portugal "continue a deixar milhares de médicos de fora desta fase, prejudicando quem está no terreno a salvar vidas".

"Vivemos tempos de grande pesar nacional, com muitos portugueses a perderem a vida todos os dias por causa da pandemia, sejam doentes covid ou não covid, e isso não nos pode nunca sossegar", frisa num comunicado, onde reitera a homenagem aos colegas e dirige "uma palavra especial de gratidão e de solidariedade", às famílias.

O bastonário explica que, no total, chegaram ao conhecimento da Ordem dos Médicos seis óbitos de médicos com covid-19, mas ressalva que só a tutela tem na sua posse dados a nível nacional que permitam saber efetivamente quantos médicos morreram no combate à pandemia.

"Como temos vindo a dizer desde o início, era muito importante que o Ministério da Saúde divulgasse com mais regularidade os números relacionados com o impacto da pandemia nos profissionais de saúde, tanto em termos de infeções como de óbitos ou doentes recuperados", reforça.

Miguel Guimarães também reivindica "medidas mais eficazes que permitam que os serviços de saúde tenham menos pressão e que os médicos e restantes profissionais trabalhem com mais segurança, mais meios e mais equipamentos de proteção, por eles e pelos doentes".

Segundo refere, "muitos médicos do SNS e do setor privado e social continuam por vacinar e sem uma explicação".

Lembrando que a OM já alertou para o impacto que isto pode ter na vida dos próprios médicos e dos doentes, explica que a listagem de médicos que estão a trabalhar fora do Serviço Nacional de Saúde (SNS), ou no SNS através de empresas prestadoras de serviços, e que queriam ser vacinados engloba um total de 6.562 profissionais.

Desses, vinca, "nem meia centena terão chegado a receber a vacina", apesar de a lista ter sido disponibilizada ao Ministério da Saúde, quer num primeiro levantamento que apontava 4.000 médicos, quer com os números mais recentes.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.107.903 mortos resultantes de mais de 98,1 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2021

CASAL COM COVID ANDAVA A PASSEAR NA RUA E FOI DETIDO


Mulher testou positivo para a covid-19 e o companheiro devia estar em isolamento profilático, por ser contacto de risco.

Uma patrulha da GNR de Vila Flor, distrito de Bragança, deteve, na quinta-feira, um casal que passeava na via pública, numa aldeia daquele concelho, por incumprimento da medida de isolamento profilático determinada pelas autoridades de saúde.

Em comunicado, aquela força de segurança adianta que a detenção da mulher de 60 anos e do homem, de 59, ocorreu na sequência de uma ação de verificação das medidas de isolamento profilático. "Os militares deslocaram-se à residência dos visados, onde verificaram que se tinham ausentado do domicílio. Após diligências policiais, foi possível confirmar que os suspeitos se encontravam a passear na via pública".

Ao que o JN apurou, o casal reside na aldeia de Sampaio. A mulher ainda deveria estar em isolamento pelo facto de ter testado positivo para a covid-19 e o homem tinha indicação para estar em isolamento profilático por ser considerado um contacto de risco e aguardava resultado de teste de despistagem.

Ambos "foram conduzidos à sua residência, constituídos arguidos, e os factos foram remetidos ao Tribunal Judicial de Vila Flor", adianta o comunicado.

Na sua forma simples, a prática de um crime de desobediência pode ser punível com pena de prisão até 1 ano, ou com pena de multa até 120 dias.

Pouco tempo depois desta ocorrência, foi conhecido o resultado do teste do homem de 59 anos que deu positivo.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2021

VACINA: EFEITOS SECUNDÁRIOS "INCAPACITANTES" COLOCAM DEZ ENFERMEIROS DE BAIXA


A Secção Regional do Centro da Ordem dos Enfermeiros recebeu uma dezena de relatos de enfermeiros a quem foi administrada ontem, quarta-feira, a segunda dose da vacina contra a Covid-19 e que esta quinta-feira acordaram com "efeitos secundários incapacitantes", obrigando-os a ficar em casa.

Em causa, sobretudo, dores fortes, febre, astenia, mialgias intensas e cefaleias, num conjunto de reações adversas que segundo Ricardo Correia de Matos, em declarações à TSF, são mais fortes do que aquilo que se estaria à espera e do que aconteceu depois da primeira dose.

O presidente da secção regional detalha que os casos surgiram nos centros hospitalares da Universidade de Coimbra, Figueira da Foz e Oeste.

Nenhum caso teve de recorrer aos serviços de urgência, mas os efeitos são tão fortes que os enfermeiros têm de ficar em casa, de baixa - havendo outros que ficam a trabalhar no limite.

Uma situação que leva a Ordem a pedir a todos os Conselhos de Administração dos grandes centros hospitalares que tenham "cautela e prudência na decisão de vacinar todos os enfermeiros ao mesmo tempo".

Ricardo Correia de Matos sugere um processo mais faseado para que não existam mais problemas do que aqueles que já existem, em pleno pico da pandemia, com falta de recursos humanos.

Dores e cansaço não causam arrependimento aos vacinados

Cansaço acentuado - "uma coisa mesmo exacerbada -, dores generalizadas, dores de cabeça "intensas" e calafrios. Tudo isto é o que Ana Ribeiro, enfermeira, sentiu depois de levar a segunda dose da vacina contra a Covid-19, conta à TSF. A primeira tinha sido bastante mais pacífica: "Senti dor no local da vacina e nada mais. Fiz uma vida perfeitamente normal depois da toma."

Esta quarta-feira, ao final da tarde, e depois da segunda dose, a enfermeira de 32 anos, que trabalha no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, associou "imediatamente" o que sentia à toma da vacina, que já tinha acontecido de manhã. "Não haveria outra justificação."

Para já, vai apenas vigiar os sintomas em casa depois de ter falado com "um pneumologista amigo que já tinha conhecimento de que esta segunda dose estaria a provocar mais sintomas do que a primeira".

A reação à vacina não a preocupa nem a faz arrepender-se de a ter tomado: "Esta vacina acaba por ser a esperança que toda a gente mantém de ver uma melhoria nisto tudo."

ENFERMEIROS DENUNCIAM CASOS DE PESSOAS VACINADAS QUE NÃO TÊM CONTACTO COM DOENTES


A bastonária dos enfermeiros denunciou esta quinta-feira situações de pessoas que estão a ser vacinadas contra a covid-19 que não têm contacto direto com doentes, classificando esta situação "própria de um país saloio" que tenta vacinar "os amigos da instituição".

A acusação foi feita por Ana Rita Cavaco aos deputados da Comissão Eventual para o acompanhamento da aplicação das medidas de resposta à pandemia da doença covid-19 e do processo de recuperação económica e social.

A bastonária adiantou que têm chegado à Ordem dos Enfermeiros situações que, apesar de serem pontuais, "são importantes e que se estão a agravar com o início da vacinação dos lares, em que estão a vacinar primeiro pessoas que não têm contacto direto com doentes ao invés de enfermeiros, médicos e assistentes operacionais".

"Isto é próprio de um país saloio que tenta vacinar aqueles que conhecem, os amigos da instituição, e alguém tem que ir verificar o que é que se está a passar", apelou numa audição conjunta por videoconferência com o bastonário da Ordem dos Médicos no parlamento.

Segundo a bastonária, esta situação está a passar-se nalgumas instituições do país, adiantando que a OE já enviou estes relatos para a Assembleia da República e que irá continuar a fazê-lo porque "entende que tem que haver culpados daquilo que acontece".

PORTUGAL NÃO COMPROU TODAS AS VACINAS A QUE TINHA DIREITO

Ainda sobre a vacinação, disse que teve conhecimento por uma notícia que há doses disponíveis de vacinas que depois não são adquiridas na totalidade pelo Governo.

"Isso é que os senhores deputados devem averiguar porque todas aquelas a que nós temos direito e que estão disponíveis devem ser usadas de imediato porque são a nossa melhor esperança para podermos sair a breve prazo desta pandemia", defendeu.

Durante a audição Ana Rita Cavaco deixou críticas ao PS pelo chumbo da "justa valorização da carreira" dos enfermeiros.

"Por muito que queiram vir aqui agradecer aos enfermeiros, à exceção do Bloco de Esquerda e do PCP que votaram a favor, os senhores abstiveram-se, mas os enfermeiros não se têm abstido de dar a vida pelas pessoas e pelo país", salientou.

Portanto, sustentou, é "lamentável que se preocupem em agradecer aos enfermeiros e depois chumbem a justa valorização da sua carreira".

"É evidente que não é por isso que os enfermeiros vão deixar de fazer aquilo que estão a fazer e aquilo que tem de ser feito, mas os enfermeiros terão memória porque é uma vergonha as pessoas terem-se abstido e terem votado contra, quando os enfermeiros não estão nem contra o país, nem se abstêm de fazer aquilo que tem que fazer todos os dias, com péssimas condições porque não chegamos para todos", vincou Ana Rita Cavaco.

Lamentou ainda o país não ir buscar os mais de 20 mil enfermeiros que estão a trabalhar no estrangeiro e deixar partir 1.230 durante o ano da pandemia, em 2020.

"TORNÁMO-NOS NUM PAÍS QUE COMPROU VENTILADORES, QUE IMPORTOU VENTILADORES E EXPORTOU ENFERMEIROS", SUBLINHOU.


O vice-presidente da OE, Luís Barreira, disse, por sua vez, que os profissionais estão hoje confrontados com "o sofrimento ético".

"Um enfermeiro numa urgência para 30 doentes ou um enfermeiro numa unidade de cuidados intensivos para três ou quatro quando o rácio preconizado é de um para um isto leva obrigatoriamente à falta de cuidados de qualidade que os doentes deveriam ter e que obrigatoriamente com este número e com esta afluência de doentes no serviço de urgência é impossível", lamentou Luís Barreira.

Apelou ainda ao Ministério da Saúde para que crie uma política que permita fixar os enfermeiros e que permita regressar os que estão no estrangeiro.

A covid-19 já matou em Portugal 9.686 pessoas dos 595.149 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

CENTRO EUROPEU ATRIBUI AUMENTO DE INFEÇÕES EM PORTUGAL A RELAXAMENTO NO NATAL


O Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC) atribuiu esta quinta-feira o "aumento notável" no número de casos de covid-19 em Portugal "ao relaxamento" das restrições o Natal e, "em menor escala", à variante inglesa do SARS-CoV-2.

Em causa está o relatório sobre o "Risco de propagação das novas e preocupantes variantes da SARS-CoV-2", hoje divulgado pelo ECDC e a que a Lusa teve acesso, no qual esta agência europeia observa que "Portugal registou um aumento notável no número de todos os casos notificados de covid-19 nas últimas semanas".

"Este aumento tem sido atribuído principalmente ao relaxamento das intervenções não-farmacêuticas [restrições] durante a época festiva de fim de ano, mas também, em menor escala, à propagação da variante inglesa em algumas regiões do país", justifica a agência europeia no documento.

Num documento em que é reiterada a "preocupação" sobre as novas mutações SARS-CoV-2, nomeadamente as variantes detetadas no Reino Unido, Brasil e África do Sul, dada a elevada transmissibilidade, o ECDC aponta que, até 12 de janeiro, apenas tinham sido comunicados 72 casos da estirpe inglesa em Portugal.

"Até à data, a estratégia de amostragem para a sequenciação tem sido sistemática, concentrando-se em amostras de sequenciação recolhidas durante uma semana por mês", explica a agência europeia, que tem como missão apoiar os países europeus no combate a pandemias e epidemias.

No mesmo relatório, em que apela a restrições mais rigorosas e rapidez na vacinação dos grupos de risco dada a atual situação epidemiológica, o ECDC indica que Portugal tem sido um dos países mais mortalidade por covid-19 na União Europeia e Espaço Económico Europeu (UE/EEE), mas também com mais internamentos e com mais casos comunicados.

ATÉ AO FINAL DE FEVEREIRO PODEM MORRER MAIS SETE MIL PESSOAS EM PORTUGAL


Especialistas dizem que esta é uma previsão otimista, que pode ser ultrapassada caso não seja decretado um confinamento geral mais apertado.

Portugal pode ultrapassar as 16.500 mortes por covid-19 no final de fevereiro. Henrique Oliveira, matemático do Instituto Superior Técnico, admite que as previsões estão, neste momento, a ser excedidas.

"Ontem foi muito evidente. A nossa previsão era 173. Todos os dias as nossas previsões são excedidas e neste momento só podemos falar de números mínimos de óbitos e de casos", disse.

Ontem, Portugal registou 218 mortes, mais 45 do que o matemático previa. O número de mortes no final de fevereiro pode ser, assim, quase o dobro das registadas até agora, desde o início da pandemia.

"No final de fevereiro prevemos 16 mil a 16.500 óbitos. Considerando que as autoridades de saúde, depois das presidenciais, vão ter particular atenção ao estado de calamitoso em que o país e que decretem um confinamento geral. Um verdadeiro confinamento geral".

Ou seja, vão registar-se pelo menos mais sete mil mortes até ao final do próximo mês.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2021

"NÃO NOS VAMOS ORGULHAR COMO PORTUGUESES" DO QUE VAI ACONTECER


O médico intensivista do Hospital de São João, Roberto Roncon, admitiu, na noite desta terça-feira, na SIC Notícias, que as imagens que chegaram de Itália, em março, quando a pandemia começava a chegar a Portugal, podem repetir-se no nosso país nas próximas semanas.

"É óbvio. É óbvio que nós estamos a tomar decisões erradas, decisões tardias e acima de tudo, não estamos a conseguir. Os agentes políticos estão a falhar redondamente naquilo que é a eficácia da mensagem que tem de ser passada", afirmou ao ser questionado sobre essa possibilidade.

Por exemplo, explicou o especialista, "não se pode ir para a Assembleia da República pedir de forma muito piedosa que todos ajudem, mas depois organizar com grande fanfarra o início das campanhas de vacinação que, infelizmente, todos nós sabemos que vai demorar muito tempo".

"É óbvio que a vacinação não vai a tempo de evitar as piores consequências na segunda e terceira vaga e todos nós sabíamos isso, incluindo os decisores políticos. Não podemos tentar capitalizar as boas notícias e não perceber que essa instrumentalização podem interferir na estratégia de comunicação correta e verdadeira que é explicar às pessoas que tudo isto são quimeras", atirou o profissional de saúde do maior hospital da cidade do Porto.

Apesar de admitir que "a vacinação é extremamente importante para voltarmos ao novo normal", Roberto Roncon defendeu que tem de ficar claro, para os portugueses, que "não vai ser a vacinação, em nenhum país da Europa, que vai evitar estas mortes e este estado de sítio a que nós estamos a assistir e que vamos assistir nos próximos meses".

Para o médico, estas mensagens contraditórias dos decisores políticos têm de ter "responsabilidades" no futuro, porque agora, "estamos num tempo de ação e de salvar vidas". Contudo, defendeu o médico, é hora de "uma vez por todas, de parar com estas contradições e assumir de uma vez por todas que estamos a falhar, que não há milagre nenhum português que a segunda e terceira vaga vão nos tocar fundo e que aquilo que vamos assistir nas próximas semanas são cenas de que não nos vamos orgulhar como portugueses".

Sobre o encerramento das escolas, Roberto Roncon salientou que o que é realmente preocupante é o adiamento de cirurgias urgentes, que está a acontecer, desde novembro.

"Quando oiço alguns decisores políticos falarem daquilo que se perde com o ensino à distância, eu quero ver o que é que se vai perder com as cirurgias adiadas, as oncológicas. As pessoas têm de perceber o que está a acontecer no imediato. Isto é absolutamente dramático, nós só vamos conseguir quantificar esta desgraça daqui a uns meses o daqui a alguns anos", frisou.

Por fim, questionado sobre o facto de os hospitais portugueses já estarem a escolher os doentes a quem salvar, Roberto Roncon apenas disse que "as escolhas são sempre feitas mediantes as circunstâncias".

"Por maior empenho que possa existir, por maior organização, quando um serviço ou hospital está dimensionado para uma missão e subitamente lhe é exigido uma missão muito maior do que aquela pela qual dimensionou os seus recursos humanos não é difícil perceber que a resposta não pode ter a mesma qualidade por mais empenho, por mais profissionalismo que os seus profissionais possam ter", concluiu.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

CHINA REGISTA CASO IMPORTADO DE PORTUGAL

 


A China registou no domingo dois casos importados de covid-19 de países lusófonos, tratando-se de uma mulher vinda de Portugal e um homem vindo de Moçambique, ambos cidadãos chineses.

Segundo a Comissão Provincial de Saúde de Shaanxi, a província do noroeste da China detetou no domingo três casos importados de covid-19.

Num comunicado, a comissão revelou que um dos casos envolve uma chinesa de 42 anos que voou de Lisboa para Xi'an, capital de Shaanxi, a 3 de janeiro.

A mulher acabou por mais tarde fazer um teste positivo para o novo coronavírus, que provoca a covid-19, já durante o período de isolamento.

A chinesa desenvolveu sintomas de covid-19 e está atualmente a ser tratada num hospital da província.

Também no domingo, a Comissão de Saúde de Guangdong, província adjacente a Macau, anunciou a deteção de um caso de covid-19, um cidadão chinês oriundo de Moçambique.

Num comunicado, a comissão revelou que o homem de 49 anos passou pelo Maláui, de onde voou para a Quénia e finalmente para Guangzhou, a 2 de janeiro.

Apesar de ter feito um teste negativo ao novo coronavírus, ao aterrar na capital de Guangdong, o passageiro fez mais tarde, durante o período de isolamento, um teste positivo.

O homem foi, entretanto, transferido para um hospital de Guangzhou devido a problemas respiratórios.

"MÉDICOS NÃO CONSEGUEM SALVAR TODAS AS VIDAS", ALERTA BASTONÁRIO


O bastonário dos Médicos apelou esta segunda-feira a um confinamento geral, com medidas mais robustas que surtam "resultados consistentes" daqui a duas semanas. Miguel Guimarães avisa o Governo que os médicos "não conseguem salvar todas as vidas" pois os serviços já ultrapassaram "há muito" a linha vermelha.

Num "grito de alerta pelos doentes", bastonário e gabinete de crise para a covid-19 da ordem renovaram hoje a defesa de um conjunto de propostas que consideram urgentes para o país conseguir combater a pandemia de forma mais eficaz. Entre elas, "adotar sem reservas e com a maior brevidade um confinamento geral, no mínimo semelhante ao que ocorreu em março, abril de 2020, aquando da primeira onda da pandemia, com uma situação muito menos severa".

"É emergente esmagar a transmissão na comunidade", frisa o comunicado, que pede ao Governo para comunicar as regras de "forma transparente, coerente e objetiva, não omitindo a verdade", nem tentando "esconder a gravidade da situação" ou procurando "bodes expiatórios".

"As meias medidas nem servem a saúde nem a economia. Já perdemos demasiado tempo e continuamos a perder. É inaceitável continuar nas meias medidas e meias verdades. Dizer que está tudo bem, quando não está. Dizer que estamos a atingir a linha vermelha quando já a ultrapassamos há muito (não será preciso recordar os mais de 25 milhões de consultas presenciais, cirurgias e exames complementares de diagnóstico e terapêutica que ficaram pelo caminho e continuam a ficar)", sublinha o bastonário no comunicado.

Ter de escolher que doentes cuidam

A Ordem garante que os médicos já estão "neste momento, a tomar decisões complexas e muito difíceis em contexto de medicina de catástrofe e de estabelecimento de critérios de prioridade e não conseguem salvar todas as vidas". São os médicos, insiste o bastonário, "que desesperam perante os limites do sofrimento e da compaixão, mercê da incapacidade de tratar o outro, e assim são vítimas de burnout e sofrimento ético. São eles que, além dos doentes, sofrem no terreno, e que aguentam a pressão brutal sobre o SNS".

As equipas de saúde pública, defendem, devem ser reforçadas para que os inquéritos epidemiológicos sejam feitos em tempo útil para conseguirem quebrar cadeias de transmissão. A testagem tem de ser aumentada de forma "exponencial", "através da utilização massiva de testes rápidos" e todos os recursos de saúde - públicos, privados ou social - têm de ser aplicados na gestão de camas de internamento e de cuidados intensivos.

Entre as dez propostas, a Ordem pede ainda que os médicos de família sejam libertados da linha Trace-Covid e sejam contratados médicos para essa tarefa de modo a que "principal porta de acesso ao SNS possa estar aberta e não parcialmente encerrada". Além da revisão "imediata" dos critérios de prioridade do plano nacional de vacinação covid-19.

domingo, 17 de janeiro de 2021

"ESTAMOS MUITO PRÓXIMOS DO LIMITE", AVISA MINISTRA DA SAÚDE


A ministra da Saúde avisou, esta tarde de domingo, que todo o sistema de saúde está numa situação de "extremo sobreesforço" e pediu aos portugueses para "por favor, ficarem em casa".

Em visita ao Hospital Garcia de Orta, em Almada, que está numa situação crítica, Marta Temido deixou avisos e um forte apelo à população para que cumpra o confinamento.

"Há um limite e estamos muito próximos do limite. Os portugueses precisam de saber isto", disse a ministra da Saúde, num tom de preocupação.

Marta Temido realçou que todo o sistema de saúde - inclui o Serviço Nacional de Saúde, o setor social e privado, as estruturas de retaguarda e o Hospital das Forças Armadas - "está numa situação de extremo sobreesforço" e lembrou que não podemos deixar os profissionais de saúde sozinhos nesta luta.

"Precisamos de nos esforçar mais", pediu a governante, admitindo que viu com "preocupação" a adesão dos portugueses ao confinamento.

"Os hospitais estão debaixo de uma elevadíssima pressão, precisamos da ajuda dos portugueses" para conter a transmissão da doença, concluiu Marta Temido.

DENTRO DE ALGUNS ANOS, A COVID-19 PODERÁ TORNAR-SE NUMA "CONSTIPAÇÃO COMUM" E AFETAR MAIS AS CRIANÇAS


O SARS-CoV-2 é um coronavírus novo, no entanto existem outros coronavírus com cadeias de transmissão conhecidas em humanos que podem ajudar a construir cenários futuros para a atual pandemia.

Perante a questão de como o SARS-CoV-2 pode modificar a vida humana nos próximos anos, uma equipa de investigadores analisou os dados imunológicos e epidemiológicos destes outros coronavírus endémicos existentes.

Chegaram à conclusão de que a imunidade que bloqueia a infeção diminui rapidamente, porém a imunidade que enfraquece a doença tem durabilidade. Ou seja, o estudo publicado na revista Science sugere que o novo coronavírus, quando se tornar endémico, poderá ser tão "virulento como uma constipação comum".

Apesar de ser provável, segundo o estudo, o SARS-CoV-2 tornar-se endémico, pode demorar anos ou mesmo décadas, dependendo da velocidade de propagação do vírus, mas também dos planos de vacinação a nível global.

O estudo prevê que, através da vacinação, a maioria dos novos casos sejam reportados em crianças, que nunca contactaram com o vírus. E ao longo dos anos, com um contacto frequente com o SARS-CoV-2, essas crianças passem a desenvolver sintomas cada vez mais leves.

"Prevê-se que as reinfeções em pessoas mais velhas sejam comuns durante a fase endémica e contribuam para a transmissão, mas esta população, que estaria em risco mais elevado de (desenvolver) doença grave, adquiriu imunidade após infeção durante a infância", pode ler-se no estudo.

Os investigadores consideram que o "distanciamento social e uma vacina eficaz são fundamentais para o controlo de uma pandemia", no entanto quando esta entra numa fase endémica a "vacinação em massa pode já não ser necessária", tudo dependerá da taxa de mortalidade por infeção.

"Se as infeções em crianças forem leves, a vacinação continuada pode deixar de ser necessária à medida que os casos primários passam a ser constipações. Se por outro lado, a infeção primária for grave em crianças (como para MERS), a vacinação terá de ser continuada." 

sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

UE ACOMPANHA "ATENTAMENTE" NOVA MUTAÇÃO ENCONTRADA NO BRASIL


A mutação surgiu na Amazónia, onde o número de internamentos por conta do vírus explodiu nas últimas semanas, principalmente em Manaus, capital do estado brasileiro do Amazonas.

A Comissão Europeia disse hoje "acompanhar atentamente" as novas mutações do SARS-CoV-2 na União Europeia (UE), nomeadamente a originária do Brasil, e está em contacto com empresas farmacêuticas para garantir que as vacinas contra a covid-19 asseguram proteção.

"A Comissão, e em particular a Agência Europeia do Medicamento, estão a seguir atentamente as mutações e as novas estirpes [do novo coronavírus]", declarou o porta-voz da Comissão Europeia para a área da Saúde, Stefan De Keersmaecker, falando na conferência de imprensa diária da instituição, em Bruxelas.

Escusando-se a responder diretamente sobre qual o nível de preocupação da Comissão Europeia sobre a estirpe brasileira, Stefan De Keersmaecker focou-se antes na questão da vacinação: "Estamos em contacto com vários produtores de vacinas para garantir que as vacinas podem também assegurar proteção".

A mutação do novo coronavírus detetada recentemente no Japão e originária da Amazónia brasileira pode ser tão contagiosa quanto a do Reino Unido ou da África do Sul, segundo investigadores brasileiros.

Em Portugal, ainda não foi detetada a estirpe brasileira do novo coronavírus, garantiu à Lusa o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, que estuda desde março as variantes do SARS-CoV-2.

Também em declarações à Lusa, o virologista Pedro Simas afirmou ser necessário mais tempo para estudar a variante detetada no Brasil do novo coronavírus e disse entender que países que enfrentam situações graves da pandemia limitem as entradas e saídas nos seus territórios.

"É bom ter alguma cautela e tempo para estudar essa variante do Brasil para ver se o impacto que esta mutação tem melhora a disseminação", salientou Pedro Simas, para quem está provado que os "confinamentos funcionam, independentemente das variantes" do vírus.

Na quinta-feira, o Governo britânico anunciou que vai suspender ligações aéreas de Portugal e Cabo Verde para Inglaterra para tentar impedir a entrada da estirpe brasileira do SARS-CoV-2, e proibiu também chegadas do Brasil e de outros países sul-americanos.

"Tomei a decisão urgente de proibir chegadas da Argentina, Brasil, Bolívia, Cabo Verde, Chile, Colômbia, Equador, Guiana Francesa, Guiana, Panamá, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela a partir de sexta-feira após informação sobre uma nova variante no Brasil", anunciou o ministro dos Transportes, Grant Shapps, através da rede social Twitter.

As viagens de Portugal para o Reino Unido também serão suspensas "devido aos seus laços fortes com o Brasil, funcionando como mais uma forma de reduzir o risco de importação de infeções", acrescentou.

No entanto, o Governo britânico vai isentar deste bloqueio os camionistas que viajem a partir de Portugal para permitir a circulação de bens essenciais e também aos cidadãos britânicos e irlandeses e nacionais de países terceiros com direito de residência, que poderão entrar no país, mas cumprir quarentena de 10 dias.

Os voos diretos entre o Brasil e o Reino Unido já haviam sido proibidos no mês passado, quando o governo brasileiro tentou impedir que a estirpe britânica do vírus, altamente transmissível, chegasse ao país.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2021

CONFINAMENTO PODE OBRIGAR A LIMITAR OU SUSPENDER NETFLIX OU YOUTUBE


As empresas de comunicações eletrónicas poderão limitar ou mesmo inibir durante o período de estado de emergência e confinamento - que se deve prolongar durante pelo menos um mês - funcionalidades dos serviços audiovisuais não lineares, "caso tal se revele necessário". Por exemplo, os chamados serviços de videoclube, as plataformas de vídeo, bem como o acesso a serviços de videojogos pela Internet.

O Executivo detalha que as empresas de comunicações eletrónicas devem dar prioridade a clientes considerados prioritários como, entre outros, os serviços e organismos do Ministério da Saúde e as entidades prestadoras de cuidados de saúde integradas na rede do Serviço Nacional de Saúde, mas também ao Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal (SIRESP), Ministério da Administração Interna, Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), Forças Armadas, polícias, serviços de apoio ao funcionamento da Presidência da República, da Assembleia da República e do Governo.

Vários outros serviços do Estado, como a Segurança Social, registos, serviços do cartão de cidadão ou Diário da República Eletrónico também devem ser prioritários, tal como as escolas.
Perante tantas prioridades e tantas pessoas em casa, confinadas, as empresas de comunicações têm a hipótese de, "quando necessário, implementar" várias "medidas excecionais".

O Governo está preocupado com "a integridade e segurança das redes de comunicações eletrónicas, dos serviços prestados através delas e a prevenção dos efeitos de congestionamento das redes", prejudicando o "interesse público".

É neste contexto que surge a hipótese de "limitar ou inibir determinadas funcionalidades, nomeadamente serviços audiovisuais não lineares", como, por exemplo, a Netflix, a HBO ou o YouTube.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2021

RIO EM ISOLAMENTO APÓS CONTACTO COM MALHEIRO


Presidente e secretário-geral do PSD ficarão 14 dias em isolamento profilático, depois de terem reunido com Salvador Malheiro, autarca de Ovar, no final de uma reunião da comissão permanente do PSD.

Na quinta-feira passada, o PSD reuniu em comissão permanente. No final do encontro, o presidente, Rui Rio, o secretário-geral, José Silvano, e o vice e autarca de Ovar, Salvador Malheiro, encontraram-se, numa outra reunião. Foi este segundo encontro que levou o delegado de saúde a considerar que houve um contacto de alto risco de Rio e Silvano com Salvador Malheiro, que testou positivo para covid-19 este domingo.

Rui Rio e José Silvano serão testados, mas irão cumprir os 14 dias de isolamento profilático ditados pela saúde pública. Ou seja, não fará parte presencial de qualquer evento de campanha que Marcelo Rebelo de Sousa organize, tendo em vista as eleições presidenciais de 24 de janeiro.

sábado, 9 de janeiro de 2021

CONFINAMENTO GERAL DEVERÁ VOLTAR TAL COMO EM ABRIL, AVANÇA SIZA VIEIRA


O ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, avançou esta sexta-feira que o confinamento geral deverá voltar em Portugal, tal como em abril.

O Governo comunicou, de urgência, aos parceiros sociais, o regresso de medidas mais restritivas, no âmbito da pandemia de covid-19. Em causa está também o "possível" encerramento da restauração e comércio.

"Não entrámos em detalhe sobre o tipo de restrições, mas acho que aquilo que devemos ponderar como plausível é o quadro que vigorou durante o mês de abril, ou o quadro que vigorou durante a primeira quinzena do mês de maio", afirmou o ministro.

Relembrou ainda que são situações em que o Governo manteve a indústria, a construção civil a funcionar e todo o retalho alimentar a funcionar, mas manteve o pequeno comércio não-alimentar encerrado.

Desta forma, Siza Vieira avançou que o Governo está a ponderar a hipótese de "medidas mais restritivas da mobilidade da população", com vista a travar a evolução da pandemia nos últimos dias.

Esta é uma situação de preocupação", considerou Siza Vieira.

O ministro justifica esta opção com o aumento do número de casos diários e a tensão que a pandemia está a exercer sob o Serviço Nacional de Saúde.

"Parece-nos evidente a necessidade de encontrarmos um modelo de contenção maior da mobilidade dos portugueses e, com isso, da probabilidade de contactos e de redução de contágios. Neste momento, por isso, parece ao Governo que a simples manutenção das medidas que estão em vigor não será suficiente para assegurar a contenção do ritmo de crescimento de novos casos que temos pela frente", afirmou o Siza Vieira.

O governante disse ainda que um novo confinamento não deverá implicar o encerramento das escolas, cenário que o primeiro-ministro, António Costa, já tinha afastado na quinta-feira, no final da reunião do Conselho de Ministros.

GOVERNO VAI REFORÇAR OS APOIOS A TRABALHADORES INDEPENDENTES E SÓCIOS-GERENTES

As empresas que tiverem de encerrar no âmbito das novas restrições poderão aceder ao regime do ‘lay-off’ simplificado que neste momento permite o salário a 100% pagando o empregador “apenas 19% desse salário” e estando isento da Taxa Socia Única (TSU), disse Siza Vieira.

Por sua vez, o programa Apoiar prevê um apoio a fundo perdido “que agora vai ser majorado”, disse o ministro, acrescentando esperar que, para as empresas que já receberam o primeiro pagamento e para as que venham a apresentar candidaturas o valor dos apoios possa ser reforçado.

"Durante a próxima semana aprovaremos e publicaremos a portaria de alteração ao programa Apoiar para contemplar estas alterações”, assegurou o ministro da Economia, lembrando que as empresas podem ainda aceder ao apoio à retoma progressiva da atividade.

Siza Vieira acrescentou que o Governo vai “reforçar os apoios a trabalhadores independentes e sócios-gerentes” afetados pelas novas medidas.

Também presente na conferência de imprensa, a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, explicou que, no caso dos "trabalhadores independentes, sócios-gerentes e trabalhadores do serviço doméstico" que fiquem com a atividade suspensa, será retomado o apoio que esteve em vigor em abril ou maio, uma medida excecional que vigorará "apenas enquanto durarem estas medidas mais restritivas".

Por sua vez, a regulamentação do novo apoio extraordinário previsto no Orçamento do Estado que "é transversal a quem perder rendimentos em 2021" estará operacional "no final de janeiro", disse a ministra, lembrando que este apoio é sujeito a condição de recursos.

Quanto à evolução da pandemia de covid-19, o ministro da Economia considerou que este é um momento “de preocupação”, sendo preciso reduzir o número de contágios que está “muito elevado”.

"Aquilo que pretendemos é um momento de travagem", sublinhou Siza Vieira, acrescentando que tudo aponta para uma "duração mais curta" das novas medidas restritivas face às que foram tomadas em março, abril ou maio.

Questionado sobre se as medidas serão diferenciadas tendo em conta os níveis de contágio, o ministro disse que essa questão ainda não está fechada, mas afirmou que "muito provavelmente será feito um apelo a todos os cidadãos do país" para que reduzam os contactos e a mobilidade "ao mínimo indispensável".

sexta-feira, 8 de janeiro de 2021

SEF INTERCETA SEIS PASSAGEIROS COM TESTES FALSOS NO AEROPORTO DO PORTO


O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) anunciou hoje que intercetou, no Aeroporto do Porto, seis passageiros portugueses, provenientes do Rio de Janeiro, com testes falsos à covid-19.

"O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) intercetou, no passado dia 6 [quarta-feira], no Aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto, seis cidadãos nacionais na posse de comprovativos de teste à covid-19, com indícios de falsificação grosseira", referiu a força de segurança, em comunicado. A deteção, acrescenta o SEF, "verificou-se no controlo documental efetuado a um voo proveniente do Rio de Janeiro", no Brasil.

Os seis cidadãos, com idades entre os 28 e os 32 anos, "fizeram novos testes à covid-19, a expensas próprias, no laboratório instalado no Aeroporto do Porto". "Entraram em território nacional informados da obrigatoriedade de confinamento enquanto aguardam os resultados laboratoriais, de acordo com a legislação em vigor. O SEF comunicou os factos apurados ao Ministério Público do Tribunal da Maia", refere ainda a nota do SEF.

Portugal registou hoje o maior número de doentes internados devido à covid-19, 3451, no dia em que também foram atingidos novos máximos de mortes e infeções pelo novo coronavírus.

Segundo o boletim epidemiológico diário da Direção-Geral da Saúde (DGS), a centena de óbitos foi hoje ultrapassada, com 118 mortos relacionados com a covid-19, doença que levou ao internamento de 3451 pessoas, tendo sido também registados mais 10.176 novos casos de infeção, os valores diários mais elevados desde o início da pandemia, em março de 2020.

O número máximo de óbitos situava-se nos 98 mortos, notificados a 13 de dezembro, e em 10.027 novos casos diários de infeção pelo novo coronavírus, na última quarta-feira.

O estado de emergência decretado em 9 de novembro para combater a pandemia foi renovado com efeitos desde a meia-noite de 8 de janeiro, até dia 15.

terça-feira, 5 de janeiro de 2021

OMS RECOMENDA ATRASAR "ALGUMAS SEMANAS" SEGUNDA DOSE DA VACINA DA PFIZER


A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou esta terça-feira que a administração da segunda dose da vacina da Pfizer-BioNTech seja “atrasada algumas semanas” em situações excecionais, para permitir que mais pessoas possam ter acesso à primeira dose.

Esta recomendação resulta da reunião desta terça-feira do Grupo Consultivo Estratégico de Peritos em Imunização (SAGE), que reúne 26 especialistas de várias áreas e diversos países e que, nos últimos meses, tem analisado a informação sobre as vacinas contra a covid-19.

Em conferência de imprensa, o responsável do SAGE, o mexicano Alejandro Cravioto, adiantou que os especialistas recomendaram que, em circunstâncias excecionais de fornecimento, a vacina da Pfizer-BioNTech seja administrada “entre 21 e 28 dias”.

A recomendação de atrasar a segunda dose “em algumas semanas” permitiria “maximizar o número de pessoas que podem beneficiar da primeira dose” desta vacina, referiu Alejandro Cravioto.

Também esta terça-feira a Agência Europeia de Medicamentos desaconselhou adiar a segunda dose da vacina Pfizer-BioNTech além dos 42 dias, numa altura em que Alemanha e Bélgica admitem administrar a primeira dose a mais pessoas e adiar a segunda além dos 21 dias prescritos.

Aquele organismo, que trata da avaliação técnica das vacinas na União Europeia (UE), destaca que "os vacinados podem não estar totalmente protegidos até sete dias após a segunda dose", como indicou a Pfizer após os ensaios clínicos, disse à agência espanhola EFE a porta-voz da Agência Europeia de Medicamentos (EMA), Sophie Labbe.

No entanto, a EMA não proíbe estender a administração da segunda dose da vacina da Pfizer contra a covid-19 até aos 42 dias.

Em 31 dezembro, a OMS concedeu a sua primeira aprovação de emergência desde o início da pandemia de Covid-19 à vacina Pfizer-BioNTech, tornando mais fácil, aos países que o desejarem, usar a vacina rapidamente.

Este procedimento, que a OMS pode usar em caso de emergência de saúde, permite que países que não têm meios para determinar rapidamente e por conta própria a eficácia e segurança de um medicamento, possam ter acesso rápido à terapia.

Na reunião desta terça-feira, os especialistas da OMS reconheceram ainda a importância da vacinação de grávidas contra a covid-19, tendo em conta que uma larga percentagem de profissionais de saúde são mulheres, adiantou o responsável do SAGE.

“Ainda assim, à luz da informação limitada existente, o SAGE não está em condições de recomendar a vacinação durante a gravidez, até que dados mais seguros estejam disponíveis”, referiu Alejandro Cravioto.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.854.305 mortos resultantes de mais de 85 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

MEDICAMENTO PARA PIOLHOS PODE REDUZIR EM 80% MORTES POR COVID-19


O medicamento é um antiparasitário e é usado para tratar piolhos e sarna, podendo ser tomado por via oral ou aplicado diretamente na zona da pele infetada

O professor Andrew Hill, docente e investigador na Universidade de Liverpool, no Reino Unido, foi incumbido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) de avaliar o fármaco, reporta o jornal The Times. 

Num ensaio clínico, foi aleatoriamente administrado a voluntários um placebo ou Ivermectina.  

De acordo com os cientistas, os pacientes envolvidos no ensaio recuperaram da Covid-19 em metade do tempo habitual, que para a maioria dos indivíduos é aproximadamente duas semanas. 

Dos doentes que tomaram Ivermectina, oito morreram, enquanto 44 que tomaram o placebo também morreram. 

Os investigadores analisaram no total 11 ensaios clínicos com mais de mil pacientes, experiências essas que foram realizadas sobretudo em países desenvolvidos.

Os dados apurados também revelaram que a droga farmacológica reduziu as mortes por SARS-CoV-2 até 80% em pessoas internadas em hospitais. 

"Tratamento transformador"

Os resultados dos ensaios clínicos serão publicados no final do mês de janeiro e para Hill a Ivermectina pode definitivamente ser uma "arma importante" para travar a propagação da Covid-19. 

O professor afirma que os dados apurados podem ser cruciais num momento em que muitos países enfrentam uma segunda vaga do vírus. 

"É bastante promissor e uma ideia atrativa, porque um curso de tratamento custa menos de dois euros", diz Hill. 

"Os dados recolhidos nos vários ensaios clínicos podem ser suficientes para que a Organização Mundial de Saúde recomende o uso do tratamento (com Ivermectina) no mundo inteiro". 

"Se virmos essas mesmas tendências consistentemente em mais estudos, então estaremos mesmo perante um tratamento transformador", acrescentou. 

Os investigadores sugerem que o medicamento para tratar os piolhos funciona ao interferir no ciclo de vida do novo coronavírus e acreditam que pode ser utilizado como um anti-inflamatório.

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