
"NĂŁo Ă© obrigatĂłrio que o Natal se comemore neste paĂs na ceia de Natal", afirmou, com ĂȘnfase, Rui Portugal, sugerindo: "Pode-se comemorar, por exemplo, num almoço na vĂ©spera de Natal". E deu o exemplo da sua casa, onde um aniversĂĄrio Ă© "sempre festejado ao pequeno-almoço".
Mais. Segundo Rui Portugal, no caso de ocorrerem refeiçÔes durante a quadra festiva, deverĂŁo ser "estendidas a outras divisĂ”es da casa" e a habitação deve ser arejada (oitava recomendação). E se tiverem mesmo que ocorrer visitas, deverĂŁo acontecer sem "os cumprimentos tradicionais" (sĂ©tima recomendação), "com distanciamento" (os dois metros sugeridos pela DGS), com pequena duração e, de preferĂȘncia, no exterior (quarta recomendação).
"Portugal atĂ© tem um clima privilegiado em relação aos restantes paĂses da Europa", sublinhou Rui Portugal, na conferĂȘncia de Imprensa de apresentação do boletim da DGS, que poderĂĄ ter levantado um pouco o vĂ©u em relação Ă s diretrizes para a quadra festiva, que serĂŁo aprovadas no Conselho Ministros de depois de amanhĂŁ.
Familiares por meio digital
Mas como deverĂĄ ser, entĂŁo, a ceia de Natal? DeverĂŁo ser usadas mĂĄscaras durante a refeição? O subdiretor-geral SaĂșde nĂŁo disse, embora o uso de mĂĄscaras seja a nona das dez recomendaçÔes da DGS, junto com a higienização das mĂŁos e a etiqueta respiratĂłria.
Rui Portugal apelou, antes, "à criatividade e ao bom senso" dos portugueses, pediu que não sejam partilhados objetos, como talheres ou copos, (décima recomendação) e reforçou a recomendação de distanciamento de dois metros.
AlĂ©m disso, o subdiretor-geral de SaĂșde condicionou o Natal Ă s condiçÔes fĂsicas das casas e ao concelho de residĂȘncia. Por exemplo, a haver visitas, o nĂșmero deverĂĄ depender do tamanho da habitação.
No entanto, a DGS pede que o Natal seja celebrado apenas pelo "agregado com que se habita" (sexta recomendação). Ou seja, sem pais ou avĂłs que, segundo Rui Portugal, podem juntar-se Ă s celebraçÔes atravĂ©s de "meios digitais, por telefone" ou mediante "visitas rĂĄpidas" (quarta recomendação). "Com uma troca de compota que alguĂ©m fez", acrescentou o subdiretor-geral de SaĂșde, apelando ainda a que se "reduza os contactos entre nĂșcleos familiares" (quinta recomendação).
Entre as dez recomendaçÔes consta tambĂ©m o afastamento fĂsico durante a preparação das refeiçÔes (sĂ©tima recomendação). "As cozinhas nesta altura serĂŁo locais de alto risco", vincou Rui Portugal.
A DGS avisa ainda que os portugueses em isolamento devem permanecer nessas condiçÔes, mesmo no Natal (segunda recomendação). E pede que todas as normas sejam cumpridas: as referentes ao concelho, Ă regiĂŁo e ao paĂs (primeira recomendação).
No final, Rui Portugal, desvalorizou as limitaçÔes pedidas aos portugueses para o Natal, lembrando que todas as pessoas jå tiveram "uma tradição que não comemorou", por exemplo, porque precisavam de estudar.